domingo, 16 de maio de 2010

O Fascínio Pela Bola


Comentário original postado em:
http://carissimascatrevagens.blogspot.com/2010/03/as-peladas-no-meio-da-rua.html
Caro Marcos, grande é a atração que a bola exerce em toda criança. Quando jovem, cheguei a jogar futebol, mas logo desisti, pois na primeira falta que levava, já olhava para o adversário com a cara feia, na segunda já queria brigar, pois não tinha quem me convencesse que não era de propósito. A bola é algo que fascina em suas várias modalidades esportivas, sendo o futebol, pelo menos aqui no Brasil, a que mais atrai a todos. Lembro quando adolescente, nos horários vagos do curso ginasial, meus colegas formavam rapidamente dois times para jogar na quadra do colégio e o interessante é que muitas vezes a bola era feita ali na hora, com uma meia que era cheia de papel, igual à citada por você em seu excelente texto. Se não me engano, a bola de meia era chamada de marreta. Nessa época, gostava de ficar sentado ao redor da quadra, juntamente com o colega J. Santos, mais conhecido por bochecha, vendo o mesmo transmitir o jogo dos colegas, igualzinho como se estivesse fazendo para uma emissora de rádio. Esse meu colega, logo passou a trabalhar em uma rádio da cidade, tornando-se um famoso locutor esportivo. O tempo passou, casei e fui morar em uma rua que tinha muitas crianças, o que para meu filho era uma festa. Só que sempre me aborrecia nos finais de semana, com o futebol em minha porta, que começava logo após o almoço do domingo, quando eu tinha o costume de tirar uma soneca. Era bola no muro, no portão e até na janela do meu quarto, além de abrirem a toda hora o portão para apanhar a bola que caia no jardim. Um dia, abri a porta com muita raiva, para reclamar e quem estava em um dos times, meu filho. Não preciso dizer que daquele dia em diante terminou de vez o futebol na minha porta. Por tudo isso, hoje, bola aqui em casa só no quintal, quando meu neto não está no videogame e na televisão, o som tem que ser baixo, por causa do barulho do apito. Um abraço, Armando.


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