Comentário original postado em:
Armando Maynard disse...
Prezada Tânia, é verdade, no nordeste a ostentação fica mais evidente. A distância entre ricos e pobres é muito grande, as diferenças chegam a ser gritantes, terminando por deixar indignados e inconformados os mais humanistas, com tamanha miséria social que marginaliza grande parte da população pobre e carente da região, que vivem em total desamparo e abandono pelo estado. Quando estes têem algum problema de saúde, a morte fica mais perto, pois o atendimento em postos de saúde e hospitais da rede pública é péssimo. Nas ruas se vê homens e mulheres envelhecidos precocemente pelo sofrimento, fome e doenças, com os dentes careados e quando estes passam a doer a única alternativa é arrancá-los, entrando para o grupo dos desdentados. Muitos vivem com os filhos a pedirem esmolas e a catar latinhas de cervejas, garrafas pet e papelão nos lixos das portas das casas, antes que o caminhão os recolha. Nos lixões da periferia da cidade, podem ser encontradas famílias inteiras, que catam tudo que acham pela frente, muitas tirando dali o próprio sustento. O êxodo rural, com a vinda de famílias do campo para a cidade, veio piorar a situação, pois muitas tinham sua casinha e uma terrinha, que terminaram por vender, deixando o interior, pensando que a cidade lhes daria uma vida melhor. Ledo engano, aqui eles passaram a morar nas favelas, em barracos construidos com restos de madeira e papelão, vivendo em condições desumanas, num ambiente promíscuo e insalubre, onde as crianças são criadas cheias de doenças. Elas não frequentam escolas, são mal alimentadas e desde cedo são mandadas pelos pais, a saírem pelas ruas da cidade a mendigar nos cruzamentos e sinais, ou a pedirem de porta em porta, para que possam levar no final do dia, um dinheirinho ou um pouco de comida para casa. Interessante é que às vezes, a nossa elite burguesa, se comove com reportagens que vê na televisão de países da África, e não tem o mesmo olhar para seus compatriotas aqui tão pertinho. Um abraço, Armando.
22 de Abril de 2009 20:53
Prezada Tânia, é verdade, no nordeste a ostentação fica mais evidente. A distância entre ricos e pobres é muito grande, as diferenças chegam a ser gritantes, terminando por deixar indignados e inconformados os mais humanistas, com tamanha miséria social que marginaliza grande parte da população pobre e carente da região, que vivem em total desamparo e abandono pelo estado. Quando estes têem algum problema de saúde, a morte fica mais perto, pois o atendimento em postos de saúde e hospitais da rede pública é péssimo. Nas ruas se vê homens e mulheres envelhecidos precocemente pelo sofrimento, fome e doenças, com os dentes careados e quando estes passam a doer a única alternativa é arrancá-los, entrando para o grupo dos desdentados. Muitos vivem com os filhos a pedirem esmolas e a catar latinhas de cervejas, garrafas pet e papelão nos lixos das portas das casas, antes que o caminhão os recolha. Nos lixões da periferia da cidade, podem ser encontradas famílias inteiras, que catam tudo que acham pela frente, muitas tirando dali o próprio sustento. O êxodo rural, com a vinda de famílias do campo para a cidade, veio piorar a situação, pois muitas tinham sua casinha e uma terrinha, que terminaram por vender, deixando o interior, pensando que a cidade lhes daria uma vida melhor. Ledo engano, aqui eles passaram a morar nas favelas, em barracos construidos com restos de madeira e papelão, vivendo em condições desumanas, num ambiente promíscuo e insalubre, onde as crianças são criadas cheias de doenças. Elas não frequentam escolas, são mal alimentadas e desde cedo são mandadas pelos pais, a saírem pelas ruas da cidade a mendigar nos cruzamentos e sinais, ou a pedirem de porta em porta, para que possam levar no final do dia, um dinheirinho ou um pouco de comida para casa. Interessante é que às vezes, a nossa elite burguesa, se comove com reportagens que vê na televisão de países da África, e não tem o mesmo olhar para seus compatriotas aqui tão pertinho. Um abraço, Armando.
22 de Abril de 2009 20:53
2 comentários:
Armando,
Muito obrigado pela visita ao Luzes da Cidade num momento tão especial na minha vida, a ocorrência do centenário de nascimento da minha mãe. Um abraço.
Brasileiros têm vergonha de brasileiros.
A burguesia fede...já dizia o Cazuza.
Mas tem o outro lado pior: brasileiros não gostam de brasileiros - aqui na cidade, a pessoa ganha de projeto habitacional um terreninho, casinhas básicas são construídas com dinheiro público e depois da família estar instalada, constrói um barraquinho nos fundos e aluga para outro pobre - a concentração de bens, a ganância e o egoísmo, não começa e não termina nos altos escalões.
Brasileiros deveriam gostar de brasileiros. Aí está o cerne dos nossos problemas - em todas as classes sociais.
Que pena!
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