quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As Doenças já me Esperam na Prateleira, Mas Eu me Recuso a Ficar Doente

Comentário original postado em:
http://linhadepesca.blogspot.com/2009/02/pesou.html
Armando Maynard disse...
Clara, não cansamos de dizer: "isto é a vida", mas quem há de se acostumar, a doença é a grande traição da natureza, para quem possui alguma crença se apazigua nas orações e meditações. Já outros, como no meu caso, o primeiro sentimento, toda vez que fico doente, é de raiva, revolta, pois a vida já é tão difícil e complicada. Também não gosto de remédio (diz um médico amigo que "a diferença de remédio para veneno está na quantidade"), nem de médico, muito menos de hospital, mas a velhice vem chegando e o que sinto é que as doenças começam a ser arrumadas em uma prateleira na minha frente, como me forçando para que eu escolha, pelo menos uma, mas eu me recuso a ficar doente. Clara, sei que estes momentos são difíceis, passei duas vezes por essa experiência, primeiro com meu pai que teve derrame e passou anos em cima de uma cama e depois com minha mãe, com o mal de alzheimer. Ela ficou meses no hospital, mas, o importante, é cuidarmos bem deles e torcermos para que tenhamos quando for nossa vez, quem cuide de nós, pois não sabemos como será. Nunca tive medo da morte, mas sim da dor, a dor física não é fácil, mas nessa vida convivemos também no dia-a-dia com outra dor, que é a do desamor, esta as vezes nos desanima. Isso aí, no seu lar, tenho certeza que não existe, ficando tudo mais fácil, pois o remédio do amor é imediato e o efeito colateral é benéfico. Clara, força, coragem, paciência. Demorei, mas voltei, senti saudades de sua inteligência, do seu jeito de escrever e de suas fotografias. Um abraço, saúde para sua mãe, Armando
5 de Fevereiro de 2009 09:26

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